Uma das figuras centrais da mais antiga religiosidade portuguesa é a bruxa — símbolo da mulher independente, insubmissa, rebelde, frequentemente em oposição ao homem e guardiã de saberes femininos. Para o sociólogo Moisés Espírito Santo, os cultos de bruxaria persistiram em Portugal, com a sua matriz religiosa vincadamente mariana, até meados do século XX, perdendo força com a alfabetização das populações e o advento da electricidade nas zonas rurais. Mas como foram retratadas estas bruxas no cinema de terror português? No nosso Quarto Perdido, em 2025, respondemos a essa questão celebrando “O Baile das Bruxas”. Porque podemos não acreditar nelas, mas que as há, há!