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MOTELX 2025: Os vencedores da 19.ª Edição

Dos romances malditos às assombrações do passado e presente, os nossos vencedores semeiam pesadelos e colhem a glória.
Com mais um MOTELX a chegar ao fim, é hora de revelar os vencedores desta 19.ª edição, que durante 7 dias voltou a transformar o Cinema São Jorge no mais requisitado templo do terror. 

O painel de jurados composto por Cláudia Jardim (criadora e intérprete), Teresa Vieira (programadora, crítica e jornalista) e Manuel Baptista (programador) entregou o Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa a Afonso Lucas e Rodrigo Motty por “O Compositor”: um filme “onde as relações humanas e de poder guiam as personagens pelos caminhos da obsessão, subjugação e submissão, onde o sofrimento do outro preenche o vazio próprio”. Houve ainda uma Menção Honrosa para “Anexado”, de Jonas Costa, pelo “eficaz desenvolvimento de guião e pela excelente montagem”, assim como “pelo bom espelho do terror do mundano e da obsessão”. 

O mesmo painel de jurados foi também responsável por distinguir “Amarelo Banana”, do realizador português Alexandre Sousa, para o Prémio Méliès d'argent – Melhor Curta Europeia 2025, destacando a “mestria na criação de um universo particular e macabro, através de uma abordagem que recai tanto na simplicidade como na originalidade”. 

Já o Prémio Méliès d'argent – Melhor Longa-Metragem Europeia 2025 foi atribuído ao título “Her Will Be Done”, da cineasta francesa Julia Kowalski. O júri composto por Miguel Honrado (gestor cultural), Rui Alves de Sousa (jornalista) e Cristiana Miranda (realizadora e produtora) distinguiu este coming of age, enquadrado pelos horrores que abriga um meio rural subjugado por homens, “pela sua ousadia narrativa, pela atmosfera inquietante e pela intensidade emocional e psicológica que invoca”.

No que à escrita para cinema diz respeito, o júri composto por João Cândido (realizador e argumentista), Luís Campos (realizador e produtor) e Mariana Vicente (guionista) consagrou “Quem Mata no Camarido? (Seis Betos e Meia)”, de António Xavier Rodrigues, para o Prémio MOTELX – Melhor Guião de Terror Português. 

Quanto ao Prémio Betclic Monster Odds MOTELX, distinguiu o guião de Maurício Valentino Borges: “O Clube de Tricô das Quartas”. O autor vai receber um prémio monetário de 1.500 € e terá a oportunidade única de ver a sua curta-metragem produzida pela Betclic, com um orçamento de até 40.000 €. 

O Prémio Lobo Mau – a nossa secção para o público mais jovem e famílias – elegeu “The Legend of the Hummingbird”, de Morgan Devos. O júri composto por Ana Clara Barros, Ângela Semedo e Adilson Semedo (jovens que pertencem ao projecto CoolBRAVE) atribuíram ainda uma Menção Honrosa a “Nube”, de Diego Alonso Sánchez de la Barquera Estrada, Christian Arredondo Narvaez. 

O Prémio do Público ficou nas mãos de “Dragonfly”, de Paul Andrew Williams, que teima em nunca se deixar categorizar, atravessando o mundo do drama social — evocativo de Mike Leigh — rumo à violência latente da solidão. Brenda Blethyn (“Secrets & Lies”), duas vezes nomeada ao Óscar, e Andrea Riseborough (“Possessor”) incorporam com excelência o encontro de duas almas no limite — prontas a embarcar numa viagem que solta as rédeas da imaginação, sem avisos e sem retorno. 
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