A livraria Linha de Sombra apresenta o livro, "O Quarto Perdido do MOTELX ‑ Os Filmes do Terror Português (1911‑2006)", no dia 12 de Janeiro, pelas 18h00 com entrada livre.
O registo inédito sobre o cinematografia de terror lusitana, e a evolução do género no país até um ano antes da primeira edição do Festival MOTELX. Uma antologia que reúne um conjunto de textos de vários autores sobre a totalidade das obras portuguesas escolhidas e apresentadas à luz do género e, naturalmente, da contemporaneidade.
A acompanhar a apresentação do livro, a Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema exibe dois filmes portugueses TRÊS DIAS SEM DEUS, filme incompleto de Bárbara Virgínia, a primeira mulher realizadora em Portugal, e de A CAÇADA DO MALHADEIRO, de Quirino Simões. A sessão será apresentada pelos coordenadores do livro.QUINTA-FEIRA | 12 JAN 2023 | 19:30
CINEMATECA PORTUGUESA | SALA LUÍS DE PINA
TRÊS DIAS SEM DEUS
Bárbara Virgínia (Portugal, 1946, 25')
A narrativa centra-se numa professora primária urbana que chega a uma aldeia no interior de Portugal. Um dos seus alunos é filho de um senhor rico da terra, temido pela população e que habita num casarão sinistro.
Quando o padre se ausenta durante 3 dias, as superstições locais libertam-se da sua prisão espiritual... Adaptação do livro "Mundo Perdido", de Gentil Marques, "Três Dias Sem Deus" é a primeira longa-metragem de ficção realizada por uma mulher em Portugal. Bárbara Virgínia realizou o filme apenas com 22 anos, e foi co-responsável pelo argumento, além de interpretar o papel principal. Do filme, perdido e danificado ao longos do anos, só subsiste um excerto de 25 minutos, composto apenas pela banda de imagem, correspondendo às sequências na mansão gótica do filme.
A CAÇADA DO MALHADEIRO
Quirino Simões (Portugal, 1967, 82' )
Invasão Francesa, 1810. Depois de serem escorraçados do Buçaco, cinco soldados franceses do exército de Massena, em busca de víveres, assaltam o lar duma modesta família, roubam e violam uma menina de 13 anos. Pai, o malhadeiro José, e filho juram vingar-se, perseguindo os foragidos antes que eles cheguem à fronteira.
Este rape-and-revenge lusitano passado durante as Invasões francesas marca a estreia na ficção de Quirino Simões, ex-oficial da Força Aérea, e adapta um conto homónimo do Conde de Ficalho. A vingança do malhadeiro esconde um subtexto patriótico: “a reacção dos portugueses à violação dos seus direitos, dos seus usos, da sua terra ou da sua família.” Filme rarissimo cujas últimas exibições desde a sua estreia comercial ocorreram no MOTELX e na Cinemateca em 2015.
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