A representação portuguesa ao
Prémio Méliès d’argent para Melhor Curta-Metragem Europeia volta a afirmar-se
como uma montra entusiasmante de talento em ebulição,
combinando novas vozes com nomes já veteranos no
universo do MOTELX.
Assinalam-se vários regressos de peso: Fernando Alle,
que em “
Borbulha” retoma o universo do
bullying escolar
num registo splatter bem ao estilo do realizador de
“Mutant Blast”; Francisco Lacerda, o incontestável rei
da
Azorexploitation, que regressa com “
Yazza”; Luís
Costa, até agora o único realizador português distinguido
com o Méliès d’Argent no MOTELX por “O Meu Reino”,
volta com “
Grito”; e Bruno Caetano, produtor da curta
nomeada ao Óscar “The Ice Merchants”, apresenta a
sua mais recente animação, “
Sequencial”.
Também no campo da animação, destacam-se duas
abordagens contrastantes, tanto em estilo como em
temática: “
Amarelo Banana”, de Alexandre Sousa, e “
Cão Sozinho”, de Marta Reis Andrade.
Mais “fora da caixa”, temos o auto-reflexivo “
BeNice”,
de Tiago “Ramon” Santos — que regressa após ter
surpreendido na edição anterior com “
Camaleão” — e
duas incursões na ficção científica, a confirmar uma
apetência por este género em Portugal: “
Antenna”, de Duarte Pedroso de Lima, e
“
Gardunha”, de Ana Vilela da Costa.