Nesta 19.ª edição, o MOTELX abre a enigmática Suite 13, uma nova secção dedicada a obras e cineastas que desafiam os limites do cinema,
começando pelo "Padrinho do Gore" Herschell Gordon Lewis e o seu
legado sangrento e provocador.
As unidades hoteleiras são ricas em superstições, pelo que escondem os quartos e os andares com o número 13. Na edição
de 2025, o MOTELX convida os hóspedes a instalarem-se na Suite 13,
onde preparou uma nova secção que propõe um encontro com cineastas e obras que,
ao longo da história do cinema, questionam os limites das formas
cinematográficas e do que pode ser filmado e exibido, em transgressões
que problematizam as noções de virtuosismo e bom gosto. Entre filmes,
ensaios visuais e discussões procuramos compreender qual o papel destas obras
na época em que foram produzidas, a sua herança na história do cinema e os
problemas que as suas transgressões podem colocar na atualidade.
Começamos com Herschell Gordon Lewis, o padrinho do gore, criador de obras
emblemáticas que não só determinaram a gramática do cinema de terror moderno
como a sua influência se estende muito para além deste género cinematográfico.
Filmes como “Blood Feast” (1963),
“Two Thousand Maniacs!” (1964) ou “She-Devils on Wheels”
(1968) mostram de que modo Lewis, ao longo do tempo, se adaptou para captar a
curiosidade do público quanto ao sexo e à violência, sem deixar de invocar as
inquietações da realidade em que os construiu.
O cineasta, muitas vezes
recorrendo ao humor, exibe ostensivamente o interior do corpo humano, em
variantes que podem ir do sangue às vísceras. O corpo, na sua faceta
mais grotesca e repugnante, aquela que normalmente não é visível, torna-se o
suporte; e o sangue a sua mensagem.
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