Filmes

“Numa comunidade da orla costeira, dois clãs - um pequeno mas influente, formado pelos proprietários dos barcos; outro maior e de baixos recursos de pescadores - cujas traineiras saem incansavelmente para o mar. Sobre uma intriga de ódios, rivalidades e paixões, paira um terrível segredo…”. Foi assim que este filme foi promovido há 100 anos atrás quando estreou. O seu objectivo era a exaltação da “alma lusa”, apesar do seu realizador ser francês. Roger Lion foi um dos três franceses pioneiros de um cinema português nos seus primórdios juntamente com Maurice Mariaud e Georges Pallu. “Os Olhos da Alma” tem pancadaria, traições, assombrações, moinhos descontrolados e uma dimensão épica já ao nível de filmes como os de D.W Griffith ou Victor Sjostrom. Nota final para a produtora e argumentista – Virgínia de Castro e Almeida – uma das heroínas do nosso cinema, poucas vezes louvada ou mesmo referida.

A exibição de “Os Olhos da Alma” terá acompanhamento musical da artista Surma, com uma banda sonora original da autoria da mesma composta especialmente para este centésimo aniversário do filme. Esta celebração acontecerá na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge, no dia 18 de Setembro às 19h00.

Sessão no âmbito do projeto FILMar, da Cinemateca-Portuguesa, com o apoio do programa EEAGrants 2020-2024