O MOTELX volta a alimentar a sua plataforma parceira no streaming, a FilmTwist, com o melhor do terror de produção nacional. Anunciamos agora a estreia de uma nova curta-metragem portuguesa concorrente ao Prémio MOTELX na edição de 2022, nesta que é a plataforma nacional das emoções fortes. Em Fevereiro revelamos, como Filme do Mês MOTELX + FilmTwist, "
Cemitério Vermelho", de Francisco Lacerda: uma carta de amor aos
Spaghetti Westerns, com uma infusão de chá Gorreana e um shot de Aquavit.
Entre as cruzes de um cemitério delapidado no meio de um deserto vermelho, dois fora-da-lei têm uma disputa sobre companheirismo, honra e ganância.
Nas palavras do realizador:
Inicialmente intitulado "Cimitero Rosso", este filme é a minha carta de amor aos "spaghetti westerns", o lendário género de cinema europeu que proliferou nas décadas de 60 e 70, oferecido por Sergio Leone entres muitos outros cineastas. Sempre respeitei este género de cinema mas nunca me atrevi a explorá-lo, até ter descoberto a enigmática paisagem natural do Barreio da Faneca em Santa Maria, nos Açores.
"Cemitério Vermelho" tornou-se rapidamente num desafio/projecto paixão ao ponderar a ideia de um faroeste Português nos Açores, sendo estes literalmente o ponto mais oeste de Portugal e da Europa. O conceito partiu da utilização da paisagem do Barreiro de Faneca como palco para uma disputa deveras Açoriana sobre traições e companheirismo, com um diálogo regional e pistolas benzidas por rosários. Procurei criar um filme que homenageia as tradições visuais e técnicas do género mas com uma infusão de insularidade que o destaca dentro do mundo dos "Euro-westerns".
"Cemitério Vermelho" é uma janela para um passado cinematográfico hipotetico, onde o mito americano é desconstruído à Açoriana; um "Western Ilhéu" onde as balas são benzidas pela ira de nosso Senhor Santo Cristo, a ganância é tanta que se engolem moedas, e uma balada de José Pinhal nunca soou tão Morricone!
-Francisco Lacerda
"Cemitério Vermelho" foi feito no período de um ano, com uma equipa de 7 pessoas, constituída maioritariamente por artistas dos Açores. A fase de pré-produção sofreu alguns atrasas devido a restrições associadas à COVID-19, o que de certa maneira acabou por ser uma benção, proporcionando mais tempo para o desenvolvimento da direcção de arte, guarda roupa, e candidaturas a mais apoios. Este filme contou com vários apoios às artes da parte do Governa Regional dos Açores.
A fase de rodagem do filme iniciou-se a 4 de Outubro de 2021, com a chegada de toda a equipa e elenco (Francisco Afonso Lopes e Thomas Aske Berg) à ilha de Santa Maria. Toda a logística de rodagem do filme desde a chegada da equipa a Santa Maria ao regresso a Ponta delgada ficou encarregue da coordenadora de produção, Laurinda Sousa. O filme foi rodado de forma cronológica durante 3 dias no Barreira da Faneca, com licença da Direcção Regional do Ambiente, mais um dia de "back-up" caso surgissem imprevistas, os quais acabaram por surgir na forma de uma clássica tempestade. O filme foi rodado sem gravação de som de modo a replicar os meios técnicos utilizados pelas equipas italianas.
A pós-produção teve início no mês seguinte em Stavanger na Noruega com o editor Fredrik S. Hana, o qual também actuou coma co-produtor em terreno Norueguês, onde geriu a fase de pós-produção contatando talentos locais como o engenheiro sonoro Nils Viken para trabalho de
sound design, mistura e masterização sonora. Serviços de
color grading foram prestados pelo colorista Nuno Garcia.
Era uma vez nos Açores...
Dois bandidos... Vinte mil escudos... E uma cova num... CEMITÉRIO VERMELHO!
Faz
check-in no MOTELX através da FilmTwist, a plataforma das emoções fortes.