Ruggero Deodato nasceu em 1939, em Potenza, no sul da Itália, mudando-se com a família para Roma ainda em criança. A amizade com olho de Roberto Rossellini será
o ponto de partida para o seu envolvimento na indústria do cinema. Trabalha como
assistente de realização em seis filmes de Rossellini e, posteriormente, de Carlo Ludovico
Bragaglia e Sergio Corbucci, incluindo o clássico western spaghetti “Django” (1966).
É através da colaboração com Anthonio Margheriti que se inicia na realização, com o
peplum “Hercules, Prisoner of Evil” (1964), ainda que não seja creditado no filme.
“Man from Deep River” (1972), de Umberto Lenzi, deu o pontapé de partida para uma
década de exploração do choque através dos filmes de canibais, altura em que Ruggero
Deodato trabalhava em televisão. Mas, alguns anos depois, Deodato assinaria dois dos
mais conhecidos títulos deste subgénero: “Last Cannibal World” (1977) e “Cannibal
Holocaust” (1980).
“Holocausto Canibal” - título pelo qual lançado em Portugal - foi considerado «o filme
mais controverso de sempre», tendo sido censurado e banido em vários territórios. Em
Itália, o realizador teria de provar em tribunal que os actores ainda estavam vivos. Esta
obra é também um marco do cinema de terror pela sua linguagem inovadora, precursora
do found footage que se popularizaria com “The Blair Witch Project” (1999).
Além de filmes inspirados por sucessos da época em que foram produzidos, como
“Concord Affaire ‘79” (1979), “Body Count” (1986) ou “The Barbarians” (1987), a extensa
obra de Deodato inclui uma mão cheia de títulos incontornáveis - filmes de culto como
“Live Like a Cop, Die Like a Man” (1976), “The House on the Edge of the Park” (1980) ou
“Cut and Run”(1985).
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